Por Auro Saburo Mizuka
Quem faz Filosofia ou alguma das Ciências Exatas tem que, obrigatoriamente, estudar o pensamento de Blaise Pascal, que viveu no século XVII.
Brilhante desde a infância, Pascal aos 8 anos de idade estudava (com o auxílio do pai, advogado) gramática, latim, espanhol e matemática. Era um garoto excepcionalmente brilhante e, só para se ter uma ideia, com apenas 11 anos, ele reconstituiu as provas da geometria euclidiana até a Proposição 32. Aos 12 anos, compôs sozinho um tratado sobre a comunicação dos sons e, aos 16, um outro sobre as divisões cônicas.
Já adulto, argumentando sobre a existência de Deus, Pascal fez surgir o famoso argumento da aposta.
Dizem que isso aconteceu quando Pascal e seus amigos estavam discutindo pensamentos numa praça da cidade de Paris. Aqueles homens eram pensadores livres e não aceitavam a existência de Deus. Pascal era consciente disso e sabia também que eles apreciavam bastante um jogo de apostas.
Então, ele afirmou: "Aposto com vocês que, matematicamente falando, crer em Deus é mais lucrativo do que descrer dele."
"Como?" perguntou um de seus colegas.
"É simples", respondeu Pascal: "você pode, enquanto ateu, ter tudo o que um cristão possui: família, saúde, cultura, princípios etc. Enquanto ateu, você pode ainda argumentar que ninguém pode provar-lhe, com qualquer questionamento, que Deus existe. Logo, se você e um crente morrem, é possível dizer que a vida de vocês terminou num empate. Tudo o que um teve, o outro também possuía. Assim, se você estiver certo em seu ateísmo, o empate continua, pois ambos terão o mesmo fim. Porém, se o crente estiver certo, então haverá um desempate, pois não será possível que Portanto, concluiu Pascal:
Se eu creio em Deus e Deus existe, eu ganhei tudo.
Se eu creio em Deus e Deus não existe, eu não perdi nada.
Se eu não creio em Deus e Deus não existe, eu não ganhei nada.
Se eu não creio em Deus e Deus existe, então eu perdi tudo.
(Fonte: Livro "Eles criam em Deus - Biografias de cientistas e sua fé criacionista", p. 31/34, editado. Casa Publicadora Brasileira, autor: Rodrigo P. Silva, doutor em arqueologia)
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