Por Alexandre de Hollanda Cavalcanti
Leão XII, um dos Papas que governou
por mais tempo a Barca de Cristo, retornava à casa do Pai. Anunciado o
Conclave. Todos os Cardeias dirigiram-se a Roma a fim de eleger o novo Papa.
A
tão esperada fumaça branca apareceu na chaminé da Capela Sistina, sob os aplausos
entusiasmados do povo Cristo. O Patriarca de Veneza, Cardeal Giuseppe Sarto era
eleito o 259° Sucessor do Apóstolo Pedro.
Italiano de origem humilde, Giuseppe
desde pequeno demonstrou um grande fervor na oração.
Uma vez, durante a aula de catecismo,
o professor levantou uma questão: Darei uma maçã para quem me disser onde Deus
está.

Mesmo com dificuldades na família, o
menino fez seus estudos em sua cidade natal e depois estudou em Castelfranco,
onde entrou para o Seminário, sendo ordenado sacerdote aos 23 anos de idade.
Aos 46 anos foi sagrado Bispo de Mântua e depois Patriarca de Veneza.
Naquela época o Imperador do Sacro
Império tinha o direito de veto no Conclave e, sendo eleito o Cardeal Rampolla,
este foi vetado. Nas votações seguintes, apesar de pedir humildemente que não
votassem nele, o Cardeal Giuseppe Sarto foi eleito, escolhendo o nome de Pio X.
O Cardeal Sarto, de cabeça baixa,
ouviu o resultado da votação. Segundo o costume, aproximou-se dele o Cardeal
Decano e perguntou-lhe se aceitaria ou não a eleição à Sede Pontifícia. Com os
olhos banhados em lágrimas, e a exemplo de Nosso Senhor Jesus Cristo,
respondeu: “Se não for possível afastar de mim esse cálice, que se faça a
vontade de Deus. Aceito o Pontificado como uma cruz”. Após cinco dias, teve
lugar a grandiosa cerimônia de posse do sucessor de São Pedro, para a glória da
Santa Igreja.
Assumindo o Trono Pontifício, a
primeira ação de São Pio X foi abolir o absurdo direito de Veto do Imperador,
penalizando com excomunhão maior, todo aquele que, no futuro, “ousasse formular
um veto no Conclave ou contribuíssem para fazê-lo.

Em seguida, era necessário levar a
doutrina católica, de maneira acessível, para todo o povo. Para isso, ele
promoveu a edição de um novo Catecismo e providenciou que fosse ensinado a todos,
desde as crianças até os idosos.


Mestre infalível da verdade, na
memorável Encíclica “Pascendi Dominici Gregis” , São Pio X denunciou e reprimiu
com o necessário essa heresia que era, na verdade, a triste síntese de muitos os erros.
Amante de todos seus filhos
espirituais, São Pio X tudo fazia para conseguir a conversão dos pecadores, mas
uma vez esgotados todos os recursos pastorais, era sua obrigação combater, com
íntegra severidade os lôbos, muitas vezes vestidos de ovelhas, que procuravam
destruir o rebanho de Cristo.

Uma vez ele foi procurado por dois
embaixadores a quem recebeu com inestimável bondade. Porém, a proposta que eles
traziam era gravemente ofensiva à Santa Igreja. São Pio X rejeitou a proposta
com tal energia que, dando um murro na mesa, quebrou a pedra de seu “anel de
pescador”.

São Pio X reuniu todo o Direito
Canônico num só texto e procedeu à revisão da tradução latina das Sagradas
Escrituras. Criou o Instituto Bíblico, reformou o Breviário e orientou a música
sacra para formas de expressão mais puras.

A devoção ao Papa santo começou a
correr logo após seu falecimento. Não se tardou em falar de milagres devidos à
sua intervenção. Em 1923, os Cardeais residentes em Roma se reuniram em
comissão a fim de promoverem sua Beatificação.

Foi canonizado pelo Papa Pio XII em
1954 e é conhecido em toda a Igreja como“O Papa da Eucaristia”, o Papa da
bondade e da doçura.
Peçamos ao ínclito Papa São Pio X o
discernimento, a argúcia, a energia e a combatividade que ele teve ao enfrentar
destemidamente as raízes dos erros de nossa época.
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