segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Oração da confiança


Mãe minha, dai-me a graça de nunca me sentir longe de Vós. Dai-me a certeza de que a palavra “longe”, para efeito de vida espiritual, foi cancelada da Doutrina Católica, uma vez que Vós existis. Porque se é verdade que muitos estão longe, Vós, Senhora estais sempre perto.
Senhora, convencei-me de que Vós estais ao alcance, não de mãos que se estendem, senão de mãos que se juntam para rezar, rezar e rezar seriamente.
Nunca se ouviu dizer que alguém que tenha recorrido a Vossa proteção e reclamado vosso socorro, fosse por vós desamparado. Mãe minha, fazei-me compreender que se nunca se ouviu dizer, não serei eu o primeiro a não ser atendido, o primeiro a ser uma exceção. Assim, pois, régia Senhora, fazei-me que sempre me volte a Vós com confiança. Assim seja”.

*          *          *

Aí está uma boa oração para nos incutir confiança, sobretudo nos difíceis dias previstos por Nossa Senhora em Fátima.
Nosso Senhor pode dispor que nós nos sintamos longe de sua misericórdia, como tantos religiosos sentiram-se longe de seus Fundadores, e que tenhamos de aguentar essa sensação de abandono.
Mas tendo em vista precisamente as debilidades do gênero humano decaído pelo pecado, Nossa Senhora que permitiu essa fraqueza, dá essa garantia:
Ela estará. E se Ela não estiver, pelo menos, pelo menos, Ela fará sentir a sua presença. De maneira tal que na hora decisiva tenham a certeza de que Ela está junto a ti em qualquer situação, junto à tua cama de doente, apertando tua mão.

domingo, 30 de outubro de 2011

HALLOWEEN: a festa da morte

Nós católicos não podemos deixar que nos enganem!
Uma leitora da Costa Rica me pediu que escrevesse alguma coisa sobre o Halloween, a famosa festa das bruxas, que cada vez mais se tenta implantar nos países católicos. Sem tempo para fazer um estudo sobre o tema, encontrei este texto em espanhol, que traduzo aqui para compartilhar com nossos amigos:


Ao antigo costume anglo-saxão de celebrar o dia de Todos os Santos, pouco a pouco se foi roubando seu sentido religioso para celebrar em seu lugar a noite do terror, das bruxas e dos fantasmas. Haloween, pois, marca um triste retorno ao antigo paganismo, tendência que lamentavelmente se tem propagado também nos países de maioria católica.



Os antigos sacerdotes druidas, adoradores de carvalhos, criam que a alma imortal se introduzia em outra pessoa ao morrer, e que no dia 31 de outubro voltava a seu antigo «lar» para pedir comida com a ameaça de amaldiçoa-los se o negassem.
À esta crença pagã e contra a razão se acrescentou outra de caráter satanista: a adoração de um falso deus, o «senhor da morte», ou «Samagin», a quem neste mesmo dia invocavam para consultar sobre o futuro, saúde, prosperidade, morte, entre outros.
Não é uma coincidência inocente, pois, que o dia 31 de outubro seja o dia escolhido pelas seitas ocultistas do mundo inteiro para dar honra a satanás e para pedir a ela a queda do Bem, da Igreja e a destruição das famílias. Sem dúvida, não é um dia de celebração inofensiva!
Bruxas, vassouras de palha, morcegos, corujas, esqueletos, morte e monstros, crianças disfarçadas de demônios ou fantasmas sem à rua quanto já está escuro, a repetir o que faziam os druidas: pedir comida, somente que agora pedem guloseimas em vez de maldições, ameaçam com travessuras. É dia de adivinhação, casas mal assombradas, velas vermelhas e pretas acesas e invocação dos maus espíritos. É assunto para ser tomado a sério, pois o próprio maligno é adorado de muitas formas neste dia.
Por exemplo, uma antiga lenda irlandesa narra que a abóbora iluminada seria a cara de um tal Jack O'Lantern que, na noite de Todos os Santos, convidou ao demônio a beber em sua casa, fingindo-se de bom cristão. Como era um homem dissoluto, acabou no inferno, conta a lenda.
Todas estas crenças e costumes pagãos, postas em moda em nossos países pela propaganda invasiva e negociantes desprovidos de escrúpulos, desvirtuam em grande parte o verdadeiro sentido da Festa de Todos os Santos e a comemoração dos Fiéis Defuntos, misturando-as com elementos de superstição, como são a bruxaria, os fantasmas e coisas similares.
Essa «salada» de crênças falsas ou mesmo diabólicas, prepara as mentes inocentes e infantis (e não deixa de corromper alguns adultos também), junto com os Harry Potters e outras obras de literatura, do cinema e da televisão, para animá-los a aventurar-se no mundo obscuro da magia, da feitiçaria e da maldição.
Bem entendido, conforme a doutrina católica, a recordação dos defuntos e a atenção à morte centram-se no dia 2 de novembro, o dia seguinte à celebração dos santos e de sua entrada gloriosa nos céus. A alegria do paraíso que espera à comunidade fiel, uma família de «santos» como a entendia São Paulo.
Em alguns países de herança hispânica existe a tradição de ir de porta em porta tocando, cantando e pedindo dinheiro para «as almas do purgatório». Hoje em dia, ainda que menos que antanho, se continua visitando os cemitérios, se arrumam as sepulturas com flores, se recorda aos familiares falecidos e se reza por eles. Nas casas se falava da família, de todos os vivos e dos que haviam passado à outra vida e se consumiam doces especiais, que se guardavam para a ocasião, como na Espanha os «buñelos de viento» ou os «ossos de santos».
Sem embargo, para os fiéis, a festa de todos os Santos a qual tem verdadeiramente relevância e reflete a fé no futuro daqueles que esperam e vivem segundo o Evangelho pregado por Jesus. O respeito aos restos mortais dos que morreram fiéis à fé e sua recordação, inscreve-se na veneração daqueles e daquelas que durante sua vida foram «templos do Espírito Santo».
Em sua mensagem para a Quaresma deste ano, o Papa Bento XVI assegurou que «o demônio atua e não se cansa» neste «mundo tenebroso», e remarcou que as práticas tradicionais do jejum, da esmola e da oração, ão verdadeiras expressões do compromisso de conversão.
Com valor e sentido cristão, nós católicos podemos dar a estas datas, o significado que têm no âmbito de nossa fé.
Ex-satanistas que voltaram à fé católica dizem que no dia de Halloween os poderes satânicos, ocultos e de bruxaria estão em seu nível de potência mais alto. Afirmam que qualquer bruxo ou ocultista que tiveram dificuldade em algum feitiço ou maldição, normalmente buscam alcançar êxito no dia 31 de outubro, porque o demônio e seus poderes estão em seu ponto mais forte nesta noite. Por isso, convido-te a dobrar os joelhos e cobrir com o Sangue Preciosíssimo de Nosso Senhor Jesus Cristo, a ti e à tua família, para que nenhum mal te prejudique neste dia 31 de outubro.


Católicos: Sigamos a Cristo, nosso Senhor e Salvador e não nos deixemos enganar com as atrações mentirosas de seus inimigos.
Fotos: Internet

sábado, 29 de outubro de 2011

Quem é a mulher que aborta?


Revista Época 01/05/2008 - 14:50 | EDIÇÃO Nº 519
Quem é a mulher que aborta?
Pela primeira vez, uma pesquisa traça o perfil das brasileiras que recorrem ao aborto. O resultado surpreendente pode ajudar o país a repensar sua postura sobre o assunto
JOSÉ ANTONIO LIMA
Ela tem entre 20 e 29 anos, trabalha, é católica, tem um parceiro estável e pelo menos um filho. Esta é a mulher brasileira que faz um aborto. Esse perfil, descoberto por um estudo elaborado pela Universidade de Brasília (UnB) e pela Universidade Estadual do Rio de Janeiro (Uerj), destruiu o estereótipo de que abortar é um método usado por adolescentes para interromper uma primeira gravidez fruto de uma relação passageira e inconseqüente.
A pesquisa, financiada pelo Ministério da Saúde, mapeou todos os dados sobre o assunto coletados nos últimos 20 anos no Brasil. Os resultados surpreenderam até mesmo os especialistas no tema. “Todos que trabalham com isso acreditavam que sabiam qual era o perfil dessa mulher”, afirma Debora Diniz, antropóloga, professora da UnB e uma das coordenadoras do estudo Aborto e Saúde Pública.
Compilados a partir de mais de duas mil fontes, os dados mostraram uma realidade absolutamente diferente da usada no debate sobre o tema, seja por quem é contrário à pratica, seja por quem a defende. Os abortos de adolescentes representam menos de 10% do total e, desses, quase 80% são feitos por meninas entre 17 aos 19 anos. A faixa que concentra o maior número de abortos é entre 20 e 29 anos.
Entre essas mulheres, mais de 70% têm um relacionamento considerado estável ou seguro, o que afasta a hipótese de que elas recorrem ao aborto para não viver, sozinhas, o drama de uma gravidez indesejada. A questão principal para a mulher, segundo os pesquisadores da UnB e da Uerj, é lidar com um filho não planejado.
COMENTÁRIO
Esta notícia nos mostra uma realidade muito presente em nossos dias: o egoísmo em que cada vez mais se vai enchafurdando a vida das pessoas os leva a consequências que eles mesmos não esperavam, tornarem-se verdadeiros assassinos.
Nós fomos criados por Deus para servi-lo e glorificá-lo. Quando damos passos fora deste caminho, sempre encontramos o erro e a desgraça. Queira Deus que, à maneira do Filho Pródigo, o mundo resolva voltar à casa paterna.

Exigem que a Pepsi não utilizem restos de bebes abortados


      A denúncia de um grupo pró-vida de que a empresa internacional de refrigerantes PepsiCo estaria usando linhas celulares de fetos humanos abortados para a pesquisa e melhoramente de seus produtos, fez que um de seus acionistas apresentasse uma resolução para que esta companhia suprima esta prática.
     Em agosto de 2010 a Pepsi Co. assinou um acordo de quatro anos com a companhia Senomyx para desenvolver adoçantes potentencializados para suas bebidas. Por este trabalho, a Pepsi Co. estaria pagando 30 milhões de dólares, pela pesquisa para que no futuro seus produtos sejam manufaturados com esta teconologia.
      Muitas das patentes de Senomyx involucram a linha celular de fetos abortados com o código HEK-293, originada a partir de células dos rins.
O aborto provocado é a eliminação e assassinato de um ser humano dentro do ventre materno. A doutrina católica e a lei natural coincidem em que não existe justificação para esta prática criminosa pois ninguém tem direito a decidir sobre a vida de outra pessoa, muito menos a dos mais fracos, indefesos e inocentes, como os não nascidos.
      O grupo pro-vida da Flórida, Children of God for Life, escreveu a ambas empresas protestando por estas pesquisas. Senomyx não respondeu, porém a Pepsi C. o fez assinalando que as pesquisas dariam como resultado produtos “de grande sabor e com menos calorias”.
      Ante esta situação, um acionista apresentou uma resolução ante a junta de diretores da Pepsi para adotar uma política que “reconheça os direitos humanos e utilize padrões éticos que não incluam o uso de restos de seres humanos abortados em pesquisas privadas e compartilhadas assim como nestes acordos de desenvolvimento”.
      Debi Vinnedge, diretor executivo de Children of God for Life, assinalou que cada acionista tem “o direito de saber a verdade sobre o que a companhia está fazendo com suas economias duramente alcançadas”.
      “A falta de respeito da Pepsi Co. à sensibilidade motal pública só tem servido para avivar o fogo e as ameaças ao valor das ações, as pensões por aposentadoria e os investimentos”, acrescentou.
      Também disse que “não existe nada ético ou apropiado na maneira pela qual estão explorando os restos de crianças inocentes abortadas”.
      Children of God for Life respondeu a esta situação convocando a um boicote para deixar de adquirir os produtos da companhia.
      HazteOir.org, a plataforma cidadã da Espanha, fez eco a esta convocatória e insistiu que o boicote se estenda desde os Estados Unidos até a península ibérica, Australia, Alemania, Irlanda, Escócia, Polônia e Reino Unido.


FUENTE: ATLANTA, 27 Oct. 11 / 04:15 pm (ACI/EWTN Noticias)

quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Os primeiros discípulos de Jesus


Enquanto Jesus, retirado no deserto, se preparava com a penitência e oração para a conquista das almas, trabalhava João em formar-lhe discípulos capazes de o compreenderem. Com efeito, haviam-se colocado sob a sua direção alguns generosos penitentes, a fim de se aproveitar melhor dos ensinamentos do anacoreta e de se iniciar na pratica das virtudes. A gruta do Batista tornou-se uma escola de santidade.

Neste escol, não contava o austero pregador nem escribas, nem doutores, nem fariseus, nem saduceus. A sua doutrina enfurecia a estes orgulhosos e efeminados, mais cativos do luxo pagão, que da rude simplicidade dos patriarcas. Deus guiava para a escola do profeta pobres, operários, pescadores galileus, sobre os quais tais planos formava que ninguém então podia sequer suspeitar.
Entre eles salientavam-se mais André e Simão, filhos de Jonas; Tiago e João, filhos de Zebedeu; os quais ganhavam a vida lançando as redes ao lago de Genesaré. Originários da modesta cidade de Betsaida, situada na costa setentrional do lago, tinham todos a mesma fé, os mesmos gostos, os mesmos desejos e a mesma admiração para com o santo precursor.
Foram dos primeiros a receber-lhe o batismo, e dedicaram-se-lhe de alma e coração. Retidos pelas suas ocupações passavam muitos dias longe do Mestre; porém mal se viam livres, largavam barcas e redes, costeavam as margens do rio, e chegavam à gruta para ser instruídos pelo homem de Deus.
Cheio de ternura para com os seus discípulos, elevava-os João gradualmente à vida sobrenatural que ele próprio praticava.
Desapegava-os da terra, inspirava-lhes o amor da solidão, voltava-lhes o coração para Deus soberano, que deve ser o único objeto das nossas aspirações. Para ajudá-los a subir até Ele, ensinava-lhes formulas de oração, que o Espírito-Santo lhe ditava, e que eles cuidadosamente gravavam na memória. Falava-lhes sobretudo, com amor, do Reino de Deus, do seu estabelecimento, e do Cristo, seu futuro fundador.
Um dia, entretinha-se o santo precursor, como de costume, com alguns dos seus privilegiados, quando, num momento, lhes atraiu a atenção um caminhante que para eles se dirigia. Era Jesus, que descendo da montanha onde fora tentado, chegava às margens do Jordão. Logo que o avistou, sentiu-se João impelido pelo Espírito-Santo a dar a conhecer aos seus discípulos aquele Cristo, de quem tantas vezes lhes havia falado. Apontando para o caminhante, exclamou em santo transporte: AEis o Cordeiro de Deus, eis o que tira os pecados do mundo.
Designava assim claramente o Messias, a quem os doutores aplicavam estas palavras de Isaías: Tomou sobre si as nossas iniquidades; sacrificou-se, porque assim o quis; como um cordeiro que não bala diante de quem o tosquia, não abriu a sua boca. De resto, todos os dias, o Cordeiro de propiciação, imolado no templo pelos pecados de Israel, lembrava aos Judeus o verdadeiro Cordeiro de Deus, que, segundo o profeta, carregaria um dia com todas as nossas iniquidades.
Para não deixar ressaibo de dúvida no espírito dos discípulos, João acrescentou:
Era de Jesus de Nazaré, que eu vos dizia: Depois de mim vem Aquele que existia antes de mim. Eu não o conhecia, e contudo foi para o dar o conhecer em Israel que vim conferir o batismo d'água. E em prova do que afirmava contou os fatos maravilhosos que aconteceram no batismo de Jesus. Vi, disse, ao Espírito-Santo que descia do Céu na forma duma pomba e repousava sobre ele. Ora, quando eu ainda o não conhecia, Aquele que me enviara a batizar com água, tinha-me dito: Aquele sobre quem vires descer o Espírito-Santo e pousar sobre ele, esse é quem batiza no Espírito-Santo. Eu vi este sinal, e é por isso que dou testemunho de que Jesus é o Filho de Deus.
Esta afirmação do profeta impressionou profundamente o espírito dos ouvintes. Estupefatos perante esta súbita aparição do Libertador de Israel, ficaram silenciosos, e Jesus desapareceu sem que lhe dirigissem uma palavra. Como se tinham entregado ao precursor, nem sequer pensaram em seguir o novo Mestre.
No dia seguinte, encontrava se João ainda com dois dos seus discípulos, João e André, pescadores de Betsaida, quando Jesus passou de novo por diante deles. Como de véspera, apontou João para ele e exclamou outra vez: AEis ali o Cordeiro de Deus! Mas agora foi tão expressivo o seu olhar, e o seu brado saiu-lhe tanto do coração que os dois discípulos sentiram-se comovidos até o mais fundo da alma. Não precisou Jesus de dizer-lhes:
Segui-me!
Arrastados por uma força irresistível, lançaram-se por si mesmos a seguir os passos de Jesus.
E Jesus ia continuando a sua derrota ao longo do Jordão. Reparando que o seguiam, voltou-se para os dois mancebos e disse-lhes com ar bondoso: Que procurais?
Mestre, responderam os dois, onde morais? mostrando bem que era seu desejo o conversar mais detidamente com ele.
Vinde e vede, disse Jesus. E levou-os à gruta que lhe servia de asilo desde há uns dias.
Era isto pela décima hora, e a tarde aproximava-se. A conversa entrou muito pela noite dentro; os dois mancebos expandiram os seus corações no de Jesus, e quando o deixaram, não só o tinham tomado já por Mestre, mas ardiam no desejo de lhe recrutar discípulos.
Simão, irmão de André, encontrava-se também por aquelas paragens. André correu a toda a pressa a ter com ele, e diz-lhe cheio de gozo: AEncontramos o Messias.
Simão deixa logo tudo e segue ao irmão. Mal que chegaram aonde estava Jesus, fixando o Senhor o olhar no recém-vindo, diz-lhe: ATu és Simão, filho de Jonas, doravante ficar-te-hás chamando Cefas, que significa Pedro. Simão, o pescador, não compreendeu o que viria a ser esta mudança; mas dando-lhe este novo nome, assinalava já o Mestre neste homem a pedra fundamental do edifício que pretendia construir.
No dia seguinte, seguido dos seus três companheiros, dirigiu-se Jesus para a Galileia. No caminho encontraram um certo Filipe, natural de Betsaida, como Pedro e André.
Segue-me, disse-lhe Jesus, e esta só palavra penetrando-lhe o coração como um dardo de fogo, acendeu nele o zelo mais ardente.
Tinha Filipe um amigo, por nome Natanael: correu logo a anunciar-lhe a boa nova. Natanael, à sombra duma figueira, meditava nesse momento sobre os grandes acontecimentos que se estavam dando em Israel. Mal que Filipe o avistou de longe, gritou-lhe:
Nazaré.
Encontramos Aquele a quem Moisés e os profetas anunciaram: é o filho de José, o carpinteiro de
De Nazaré? - respondeu Natanael sorrindo-se. Que pode vir de bom lá desse burgo da Galileia?
Vem comigo, retorquiu Filipe, e verás. Natanael seguiu ao seu amigo. Ao vê-lo vir para si, estendeu Jesus os braços para ele, com estas palavras: «Eis um verdadeiro Israelita, singelo e sem fingimento».
Senhor, observou Natanael, e como podeis sabê-lo? - Antes de Filipe te chamar, respondeu Jesus, vi-te eu debaixo da figueira. Por este dito compreendeu Natanael que tinha diante de si Aquele Senhor que tudo vê. E não podendo conter a sua emoção, arrancou do peito esta exclamação de fé e amor: «Mestre, vós sois em verdade o Filho de Deus, o rei de Israel». Tu crês em mim, tornou-lhe Jesus, por ouvir-me dizer que te vi debaixo da figueira: serás testemunha de prodígios mais assombrosos. Em verdade, em verdade, eu vô-lo digo a todos: Vereis abrirem-se os céus, e aos anjos subindo e descendo sobre o Filho do homem.
Três dias depois, chegaram a Galileia, onde, com o seu primeiro ato, mostrou Jesus aos cinco discípulos que ele dispunha, não somente dos anjos, mas até da onipotência de Deus.
Fonte: JESUS CRISTO. SUA VIDA, SUA PAIXÃO, SEU TRIUNFO - R. Pe. Berthe da Congregação do Ssmo. Redentor.

quarta-feira, 26 de outubro de 2011

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sábado, 22 de outubro de 2011

Receita de Crêpe Suzette




O Evangelho de São Mateus, em seu capítulo 04, nos apresenta a cena de Jesus, depois de ter recebido o Batismo no Rio Jordão, ir ao deserto onde passou 40 dias e 40 noites em jejum.
 
Ao final deste tempo apareceu-lhe demônio oferecendo-lhe pão. Porém Jesus lhe responde: “Nem só de pão vive o homem, mas de toda palavra que procede da boca de Deus”.(Dt 6,16).
Nem só de pão, mas também de pão, tanto assim que também na oração por excelência, que é o Pai Nosso, pedimos o «pão nosso de cada dia nos dai hoje». Sendo uma página de teologia e pastoral, não poderia deixar de entrar na exegese desta perícope bíblica, tão discutida entre os teólogos do mundo inteiro e que levou a grandes polêmicas com hereges no passado.
Mas... o tipo de exegese que vamos fazer agora não gera polêmica mas, pelo contrário, união: vamos pôr em prática o ensinamento de Jesus e ver uma maneira interessante de preparar o «pão nosso de cada dia», que necessariamente não é «só pão».
De dedo em riste, já vejo alguém dizendo «não só de pão, mas de toda a Palavra que sai da boca de Deus!». Claro, mas o não só indica que, apesar de não ser o mais importante, tem sua importância. 
E enquanto nosso contestador segue dizendo seus impropérios, vamos conhecer este modo de «preparar» um «pão» bem diferente: uma das receitas mais tradicionais da cozinha francesa.
O Crêpe Suzette, que na verdade é mais propriamente uma maneira de cozinhar os crêpes que consiste em cobri-los com uma manteiga perfumada com sumo e raspa de laranja e um licor da mesma citrina fruta, dobrá-los em quatro, regá-los depois com uma mistura de licores e servi-los em chama.
Diz-se que os crêpes suzette foram pela primeira confeccionados por Auguste Escoffier, em honra do rei Eduardo VII de Inglaterra e que este terá batizado com o nome da jovem vendedora de violetas que dele aproximou.




Clique no vídeo abaixo e acompanhe com nosso Cheff Emanuel, como se prepara esta sobremesa digna dos coroados europeus.



As horas de tomar água







2 copos de agua depois de acordar ajuda a ativar os órgãos internos.
1 copo de agua 30 minutos antes de comer ajuda na digestão.
1 copo de agua antes de tomar banho ajuda a baixar a pressão sanguínea.
1 copo de agua antes de ir  dormir evita ataques do coração.



Dr. José Roberto Tavares
Doutor em Cardiologia pela UNIFESP - EPM

sexta-feira, 21 de outubro de 2011

Santa Missa: meio seguro para obter as misericórdias divinas



A Santa Missa é um sacrifício propiciatório, isto é, que torna Deus propício para nos perdoar não só as penas temporais, que ficam a pagar depois do perdão da culpa, mas também a própria culpa. Quanto à pena, a Missa perdoa a diretamente, pelo menos em parte, não só aos vivos, mas também às almas dos defuntos. Pelo que São Jerônimo afirma: "Cada Missa celebrada com devoção faz sair diversas almas do Purgatório."
Quanto às culpas, perdoa as, posto que só indiretamente, e as perdoa todas, por mais graves que sejam, conforme a declaração do Concílio de Trento: Peccata etiam ingentia dimittit . O que quer dizer que, por meio do Sacrifício do Altar, concede a graça, pela qual o homem é levado a arrepender se e a purificar se no Sacramento da Penitência. Santa Matilde viu um dia que a Santíssima Virgem amolecia um diamante mergulhando o no Sangue do Coração de Jesus. Com tal visão, o Senhor lhe quis dar a entender que não há coração tão duro que não fique amolecido só com ser tingido no Sangue do Cordeiro Divino, que Se imola sobre o Altar.
Pobres de nós, se não houvesse este grande Sacrifício, que é por excelência a oração expiatória e reparadora; que continuamente atrai sobre nós as divinas misericórdias e impede a justiça divina de exercer a vingança merecida pelas nossas culpas! Eis porque, depois da vinda de Jesus Cristo, não se vêem mais os castigos tão freqüentes e formidáveis que se observam na antiga Lei. Pela mesma razão tem o demônio procurado tantas vezes, e procura ainda sempre, por meio dos hereges, fazer desaparecer do mundo a Missa. Faz dos hereges os precursores do anticristo que, conforme a profecia de Daniel, antes de mais nada, abolirá o Santo Sacrifício do Altar.
II. "Oh, quem me dera poder assistir a mais uma Missa!" É o que exclamava uma pobre pecadora no leito de morte, e perguntada pelo porque, respondeu: Quer me parecer que então se havia de acalmar todas as minhas inquietações. Vendo o Sacerdote que eleva ao Céu o cálice com o Sangue preciosíssimo, diria eu ao Padre Eterno: Senhor, é grande a minha dívida, mas eis aí a minha satisfação. O Sangue inocente do Redentor, oh, quanto melhor implora para mim a vossa misericórdia, do que o sangue de Abel bradava por vingança contra Caim!
Meu irmão, há de chegar talvez o dia em que tu também, prestes a morrer, ou (pior ainda) atormentado nas chamas devoradoras do Purgatório, exclamarás: Oh, quem me dera assistir a mais uma Missa! Mas então não haverá mais tempo para o fazer. Aproveita, pois, o tempo que Deus te dá agora, e toma a resolução de assistir cada dia ao divino Sacrifício, e de assistir com devoção, oferecendo o pelos fins para que foi instituído.
† "Senhor, Deus todo poderoso, eis me aqui, prostrado diante de Vós, para aplacar e honrar a vossa Majestade Divina em nome de todas as criaturas. Mas como poderei fazê lo sendo tão miserável e pecador como sou?! Mas posso e quero fazê lo, sabendo que Vos gloriais de ser chamado Pai das misericórdias, e por nosso amor destes vosso Filho Unigênito que Se sacrificou por nós sobre a Cruz, e sobre os nossos altares renova continuamente por nós o sacrifício de Si mesmo. Eis porque eu, posto que pecador, mas pecador arrependido, pobre mas rico em Jesus Cristo, me apresento diante de Vós, e com fervor de todos os Anjos e Santos, com os afetos do Coração Imaculado de Maria, Vos ofereço em nome de todas as criaturas as Missas que são celebradas hoje, com todas as que já foram celebradas e serão celebradas até ao fim do mundo.
"Tenciono renovar a presente oferta todos os instantes deste dia e de toda a minha vida, para tributar à vossa infinita Majestade uma homenagem e uma glória dignas de Vós, para aplacar a vossa indignação e satisfazer à vossa Justiça pelos nossos muitos pecados, para Vos render graças proporcionadas aos vossos benefícios e implorar a vossa misericórdia para mim, para todos os pecadores, para todos os fiéis vivos e defuntos, para a Igreja universal, e principalmente para seu Chefe visível, o Sumo Pontífice Romano, e finalmente também para os pobres cismáticos, hereges e infiéis, a fim de que eles também se convertam e se salvem."
Ó doce Coração de Maria, sede a minha Salvação.
Pe. Thiago Maria Cristini, Meditações para todos os dias do ano, tiradas das obras ascéticas de Santo Afonso Maria de Ligório.

quinta-feira, 20 de outubro de 2011

TEATRO: O Filho Pródigo


Clique nas fotos para ver em vídeo.

Em terras muito distantes morava um homem que tinha dois filhos... Um dia, o mais novo aproximou-se do pai e disse:

- “Pai, estou cansado da vida monótona e sem graça desta fazenda... Todos os dias são iguais!... Cresci, não sou mais criança. Eu quero outras coisas que esta casa não me pode dar... Pai, dai-me a parte da herança que por direito me pertence... já tenho pronto meu cavalo, ainda amanhã quero partir!”
Por mais que o pai insistisse, o filho pródigo não quis voltar atrás.
E assim, a contragosto, o pai se viu forçado a repartir entre os dois filhos a sua fortuna.
Assim, numa triste e nevoenta manhã, em lágrimas amarguradas o pai vê seu filho afastar-se em meio às poeiras que o trote do cavalo levanta na estrada. 


A última curva, último olhar... O pai busca ainda uma última vez os olhos do filho - aquele olhos tão claros, que ele acompanhara desde o berço - e com inenarrável angústia sente esse olhos frios... sem dor, sem tristeza sem mesmo vacilação...

Passaram-se os dias, os meses e os anos. E nunca mais ninguém viu, e nem mesmo ouviu falar do imprudente jovem.
Entretanto, ele havia se estabelecido num lugar muito distante.


Aí, o filho pródigo passou a viver entre pessoas que tinham costumes muito diferentes daqueles que seu pai lhe havia ensinado. Como trazia farto ouro e boa prata em sua bolsa, não tardou em cercar-se de amigos. Amigos... Amigos da riqueza e do prazer, amigos cuja sinceridade não excedia o tamanho de uma moeda.


E nessa terra, nessa companhia, sem pensar e nem prever, o filho pródigo esbanjou tudo numa vida desenfreada.


Quando tinha gasto tudo o que possuía, houve uma grande seca e terrível fome naquela região, e ele, então sem recursos, começou a passar necessidade. Tão rapidamente como haviam surgido, todos os seus falsos amigos desapareceram.

Impelido pela fome e pela necessidade, vagou dias pelas fazendas, à procura de emprego. Ai! Ele, que sempre tivera tudo à mão, nada sabia fazer, e em todas as partes os exigentes capatazes recusavam aquelas mão fracas e inúteis.
Por fim, percorrendo a última e pior estrada, na menor e mais pobre aldeia, chegou à última e mais suja das casas, onde um velho e repugnante homem finalmente o aceitou a trabalhar.
- “Ah, pele frágil, que mãos finas tem! Vadio e ordinário, que nunca trabalhaste! Já tenho meus empregados, mas se queres ficar aqui, cuida dos meus porcos, mas cuida bem deles, que valem mais do que ti! Um dia essa carne trará alegria a um banquete, e nem sequer isso, tu és capaz de fazer! Vai, e se trabalhas bem, no fim do dia te dou os restos da mesa de meus empregados!”
Mas quase nada restava, e o filho pródigo quase nada comia.

Passaram-se dias nesse repugnante trabalho, e numa tarde, enquanto alimentava os porcos veio-lhe a idéia de que aqueles animais alimentavam-se melhor do que ele. E a esse miserável rapaz, esquecido de sua dignidade de ser humano, ocorreu de roubar e comer a nojenta lavagem de que se alimentavam os porcos. Neste momento, chegou o dono dos porcos e gritou:
  • O quê, leproso!!! Ainda quer roubar a comida de meus porcos?? Ladrão vagabundo, que não merece nem sequer o pão seco que te dou! Se te pego roubando de novo, te mando queimar as mãos! Nunca, nunca, nem pense mais em roubar! Essa comida é para os meus porcos, e não para você, verme infame!
Entrou o jovem entrou em si e refletiu:
- “Aí está. Agora valho menos que um porco. Ai, onde fui parar! Nunca, jamais imaginei que iria chegar a isso... Ai, minha antiga casa!... Ai! Meu pai, meu pai! Quantos empregados do meu pai têm pão com fartura, e eu aqui, morrendo de fome...
- Sim.... eu vou voltar!...Vou me levantar, e vou encontrar meu pai, e dizer a ele:

Pai, pequei contra Deus e contra ti; já não mereço que me chamem teu filho. Trata-me como um dos teus empregados.”
Desde que o filho partiu, o Pai, deitava-se pensando no seu filho. Sonhava imaginando a vida do seu filho e acordava com a esperança de reencontrá-lo. Todos os dias subia ao ponto mais elevado das suas terras e, com um olhar distante, percorria o horizonte à procura do seu filho. Onde estará o meu filho? O que estará fazendo?... E, de repente, um dia, um ponto perdido na distância, ia se aproximando e ganhando vulto1.
Seu coração disparou. Será ele?... Na medida em que as distâncias se encurtavam, a dúvida ia tornando-se em certeza. É ele! Sim, é ele! E começou a gritar: Meu filho! Meu filho! E os seus gritos se misturaram com outros lastimantes que pareciam o seu eco: Pai! Meu Pai!. E as suas vozes ficaram no aperto de um abraço.
Então o filho diz ao Pai:
- “Pai, pequei contra Deus e contra ti; já não mereço que me chamem teu filho...”
- Filho, não fales assim. Não importa o que aconteceu. O que realmente importa é que você está aqui meus braços.
O Pai soube fazer de um pecado arrependido uma festa, e assim, chamou os empregados:
- “Depressa, tragam a melhor túnica para vestir meu filho. E coloquem um anel no seu dedo e sandálias nos pés! Peguem um novilho gordo e o matem. Vamos fazer um banquete! Oh, meu Deus! Alegrem-se! Vejam todos! Este é meu filho desaparecido! Eu já o dava por morto, e agora ele tornou a viver! Estava perdido, e foi encontrado!!”
Vamos celebrar uma grande festa! Eu te recuperei! Tu estás agora ao meu lado! Que felicidade! O teu arrependimento e o meu perdão são agora a nossa alegria e o nosso prêmio” (Cfr. Lc 15, 11-32).



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1 LLANO CIFUENTES, Rafael, Deus e o Sentido da Vida, capítulo sobre o Filho Pródigo