domingo, 27 de novembro de 2011

A Medalha Milagrosa





    Conheça a história desta Medalha Milagrosa que Nossa Senhora pediu a Santa Catarina Labouré que divulgasse por todo o mundo. Através desta Santa Medalha, a Virgem Santíssima tem operado infinitos milagres, desde curas de enfermidades graves, até coisas pequenas do nosso dia-a-dia. Mas, sobretudo os milagres mais importantes que são as conversões e as graças para o aperfeiçoamento na vida espiritual e o crescimento no amor a Deus e ao próximo.
         Em apenas dez minutos de vídeo você conhecerá esta maravilhosa história e os milagres operados por Nossa Senhora através de sua Medalha Milagrosa. Se você ainda não usa a medalha, procure conseguir uma e tenha junto de si a imagem daquela que venceu a antiga serpente, que é o demônio e satanás, esmagando sua cabeça com seu calcanhar. Maria Santíssima vence todas as dificuldades e cura todos os problemas. 



        Não deixe de usar sua medalha e de rezar sempre à Santíssima Mãe de Deus para que lhe acompanhe todos os dias. Não importa a invocação: Nossa Senhora Aparecida, Nossa Senhora de Fátima, Nossa Senhora de Guadalupe, Nossa Senhora das Graças, Nossa Senhora de Lujan... sempre é a mesma Mãe de Deus, Mãe da Igreja, Mãe dos homens e mulheres, sua e minha Mãe.
Clique no link ou na foto e assista o vídeo.

sábado, 26 de novembro de 2011

O pior pecado é a perda do senso do pecado


João Paulo II escreveu na Reconciliatio Paenitentia (n. 18) que o homem contemporâneo vive «sob a ameaça de um eclipse da consciência, de uma deformação da consciência, de um entorpecimento ou de uma anestesia da consciência»
A causa se deve buscar na perda do sentido de Deus, ou seja «a progressiva ofuscação da capacidade de perceber a presença vivificante e salvadora de Deus». Perdido o sentido de Deus, a sensibilidade ante a ofensa a Deus se amortiza e perde sentido.
«Quando se perde o sentido de Deus, diz o Papa, também o sentido do homem fica ameaçado e contaminado... A criatura sem o Criador desaparece... Mais ainda, pelo esquecimento de Deus, a própria criatura fica obscurecida». E mais adiante: «Uma vez excluída a referência de Deus, não surpreende que o sentido de todas as coisas resulte profundamento deformado... Em realidade, vivendo, “como se Deus não existisse”, o homem perde não somente o mistério de Deus, senão também o do mundo e o de seu próprio ser».
Explica o Papa: «O eclipse do sentido de Deus e do homem conduz inevitavelmente ao materialismo prático, no qual proliferam o individualismo, o utilitarismo e o hedonismo... A sexualidade se despersonaliza e instrumentaliza... A procriação se converte no inimigo a evitar na prática da sexualidade. As relações interpessoais experimentam um grave empobrecimento. Os primeiros que sofrem suas consequências negativas são a mulher, a criança, o enfermo ou o que sofre e o ancião. É a supremacia do mais forte sobre o mais fraco». Por isso o Papa advertiu seriamente contra esta tendência: «O homem pode construir um mundo sem Deus, porém este mundo acabará por voltar-se contra o próprio homem».
Esta perda do sentido do pecado engendra o que hoje se denomina «cultura da morte». «Lamentavelmente, disse o Papa com palavras duras, uma grande parte da sociedade atual se assemelha à que São Paulo descreve na carta aos Romanos; está formada de homens que aprisionam a verdade na injustiça (Rm 1, 18): havendo renegado a Deus e crendo poder construir a cidade terrena sem necessidade dEle, se ofuscaram em seus raciocínios de modo que seu insensato coração se entenebreceu..

Jactando-se de sábios se tronaram estúpidos, se fizeram autores de obras dignas de morte e não somente as praticam, senão que aprovam aos que a cometem. Quando a consciência – este luminoso olho da alma - chama ao mal bem e ao bem mal, caminha já para sua degradação mais inquietante e para a mais tenebrosa cegueira moral».
Em outro documento escreveu: «A perda do sentido do pecado é uma forma ou fruto da negação de Deus: não somente da atéia, senão ademais da secularista. Pecar não é somente negar a Deus; é também viver como se Ele não existisse, é apaga-Lo da própria existência diária.
Sem embargo, «não se pode eliminar completamente o sentido de Deus nem apagar a consciência, assim tampouco nunca se apaga completamente o sentido do pecado». Se não se pode apagar totalmente o sentido de Deus, então este se faz presente de outra maneira: o homem pode sentir-se órfão de um Deus que não percebe por seus pecados; ou bem olhará a Deus como o inimigo de sua consciência pecado,, ou seja, passa a ter um «sentido ameaçador» da Justiça divina.

sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Oração a Santa Gertrudes



25 de Novembro de 2011 19:40
Ó Deus, que preparastes para vós uma grande morada no coração da Virgem Santa Gertrudes, iluminai, por suas preces, as trevas do nosso coração, para que experimentemos em nós a alegria da vossa presença e a força da vossa graça.
Ó Santa Gertrudes, vós que tínheis terna devoção à humanidade de Cristo, velai aos que a vós recorremos com sincero arrependimento das nossas faltas, ajuda-nos a dizer sempre sim ao plano de Deus para minha vida e daqueles a quem apresento-vos em minha prece.



       Ó Santa Gertrudes, vós que fostes uma das primeiras devotas do Culto ao Coração de Jesus, conceda-me a graça de me sentir todo(a) inteiro(a) nos corações Sagrados de Jesus e Maria.
Olhai por todos os que tem fome de Deus e de Pão, protegei nossas crianças, orientai a juventude, conservai o amor no coração dos esposos, o respeito sincero pelo sacramento do Matrimônio e a fidelidade total; amparai os doentes e idosos, conservai a Paz nos lares e protegei-nos hoje e sempre.
Amém.




Fonte: Nsgraças Devoto

quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Ameaça contra liberdade de expressão



Procurador quer tirar emissoras católicas do ar

Pedido de anulação de concessões de 1997 e 2001 alega falta de licitação, e ocorre 20 dias após TV Canção Nova ter suspendido programa de político.



O Ministério Público Federal em Guaratinguetá pediu ontem à Justiça a anulação das concessões das emissoras de TV Canção Nova e Aparecida - as duas sediadas no interior paulista. De acordo com as alegações do MPF, os processos de concessão, em 1997 e 2001, respectivamente, ocorreram de forma irregular.

As emissoras pertencem a grupos católicos e transmitem programas de evangelização. A Canção Nova segue a linha da Renovação Carismática e ganhou destaque na campanha presidencial do ano passado, por ter transmitido ao vivo um sermão no qual o padre José Augusto pedia aos católicos que não votassem no PT, por se tratar de partido que estaria apoiando o aborto. A TV Aparecida integra a rede de comunicação do Santuário de Aparecida, controlada pelos padres da Congregação Redentorista.
Nos processos administrativos no Ministério das Comunicações, os dois grupos informaram que as emissoras teriam caráter educativo. As outorgas foram assinada pela Presidência da República em 2002 e ratificadas pelo Congresso.
Segundo o procurador Adjame Oliveira, autor das ações apresentadas agora, a concessão deveria ter sido precedida de licitação, para selecionar a entidade que apresentasse o melhor projeto educacional. "A outorga sem licitação põe em xeque a utilização democrática e transparente desse meio de comunicação", justificou.
O pedido de anulação ocorre vinte dias após o Conselho Deliberativo da Canção Nova ter decidido suspender a transmissão do programa Justiça e Paz, apresentado pelo presidente do PT de São Paulo, deputado estadual Edinho Silva. Ele estreou no dia 3, com uma entrevista com o ministro Gilberto Carvalho, secretário-geral da Presidência. A suspensão ocorreu no mesmo dia. Católico e ligado a grupos religiosos, Carvalho havia articulado uma reaproximação entre a presidente Dilma Rousseff e a Canção Nova, após os atritos da campanha.
Segundo a emissora, o afastamento de Edinho fez parte de uma reforma na grade de programação. Na mesma ocasião foram suspensos os programas de outros políticos. Entres eles o deputado federal Gabriel Chalita, provável candidato do PMDB à Prefeitura de São Paulo em 2012 e muito próximo da Renovação Carismática. O chefe da pasta do Desenvolvimento Econômico do Estado, Paulo Barbosa, que deve concorrer à Prefeitura de Santos, também perdeu seu programa. Na mesma lista foram incluídos os deputados estaduais Eros Biondini (PTB-MG) e Myriam Rios (PDT-RJ) e a primeira-dama paulista, Lu Alckmin.
Assessores jurídicos da Fundação João Paulo II, que controla a Canção Nova, disseram ontem que ainda não foram formalmen te citados para a defesa e não conhecem o teor das acusações. Até o início da noite a direção da TV Aparecida ainda não havia se manifestado.

Roldão Arruda / O Estado de S.Paulo

Frase do dia

Mons. João Clá Dias

   Gente casta tem o coração inocente, e os corações inocentes vibram de alegria com pouca coisa.

terça-feira, 22 de novembro de 2011

Santa Cecília

          Assista o vídeo sobre a história desta grande santa, padroeira dos noivos e padroeira dos músicos.
        Seu exemplo vivo continua atual no mundo de hoje onde não impera mais o paganismo dos tiranos romanos, mas o que o então Cardeal Ratzinger denominou, na Missa de início do Conclave onde foi eleito Papa, a ditadura do relativismo.
       Clique nas fotos ou no link para assistir o vídeo.



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quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Santa Isabel de Hungria

Para assistir o vídeo clique aqui.


Jovem viúva de 20 anos, Isabel foi expulsa de seu castelo com os quatro filhos pequenos e só conseguiu alojamento num depósito, ao lado dos porcos. Nessa situação, mandou cantar um Te Deum, para agradecer a Nosso Senhor a graça de sofrer em união com Ele.
Antonio Queiroz.JPGAntonio Queiroz
Em Santa Isabel, parece que a santidade lhe veio do berço. Nasceu em 1207, na Hungria. Aos 4 anos, entrava na capela do castelo, abria o grande livro dos Salmos, e ainda sem saber ler, olhava-o longamente e passava muitas horas recolhida em oração. Ao brincar com outras meninas, procurava algum jeito de encaminhá-las para a capela. Quando esta estava fechada, beijava-lhe a porta, a fechadura, as paredes, pois, dizia ela, "Deus lá dentro repousa".

Antes de completar dez anos, perdeu a mãe, a Rainha Gertrudes. Na mesma época, faleceu também seu protetor, o Duque Herman, o qual era pai de seu futuro esposo e a tratava como filha, amando-a justamente por sua piedade inocente e graciosa.

Aos 13 anos de idade, realizou-se seu casamento com o poderoso e não menos piedoso Duque Luiz da Turíngia, ao qual havia sido prometida desde tenra infância. Em sua curta existência - faleceu aos 24 anos - ela conquistou o mais glorioso dos títulos: o de Santa.
Caridade em grau heróico
Santa Isabel fazia bom uso da imensa riqueza de seu esposo, distribuindo aos pobres generosas esmolas. Isto causava profunda irritação a muitas pessoas da corte, sobretudo aos seus dois cunhados, Henrique e Conrado. Acusando-a de estar "dilapidando o patrimônio familiar", estes não perdiam oportunidade de tentar fazer-lhe mal.

E ela, por sua vez, não se contentava em simplesmente dar moedas ou alimentos. Seu amor a Deus a impelia a ações muito mais generosas.

Certa vez, um leproso pedia esmola na porta do castelo.

Guiada por uma inspiração divina, a jovem e formosa Duquesa desceu até lá, tomou o morfético pela mão, levou- o até seu quarto e o fez deitar-se na cama do casal. Após tratar de suas chagas, deixou-o repousando, coberto com um lençol.

"Um escândalo!" - bramiram os intrigantes, que se apressaram em chamar às pressas o Duque Luiz.

Ao chegar, este encontrou Isabel radiante de felicidade. Confiante em que seu digno esposo aprovaria esse heróico ato
SANTA ISABEL DA HUNGRIA.JPG
Santa Isabel da Hungria cuidando dos doentes (quadro de Murillo, Hos-
pital da Santa Caridade, Sevilha)
de caridade, ela narrou-lhe o fato e disse: 

- Ide ao quarto ver.

Maravilhosa surpresa esperava o valente Duque: levantando o lençol, ele viu, não um leproso, mas Nosso Senhor Jesus Cristo! Este deixou-se contemplar por um instante apenas, o suficiente para confirmar naquelas duas almas de escol a certeza de estarem no bom caminho.
Socorro dos infelizes
No ano de 1226, estando seu esposo na Itália com o Imperador Frederico II, uma terrível fome assolou toda a Alemanha, sobretudo a Turíngia. Pelas matas e campos, andavam multidões de infelizes à procura de raízes e frutas para se alimentarem. Bois, cavalos e outros animais que morriam eram logo devorados pelos homens famintos. Em breve a morte começou sua ceifa. Pelos campos e estradas, amontoavam- se os cadáveres.

Nessa terrível situação, a única ocupação de Isabel, dia e noite, era socorrer os infelizes. Transformou seu castelo na "morada da caridade sem limites", como escreve um de seus biógrafos. Distribuiu aos indigentes todo o dinheiro do tesouro Ducal. Vencendo a oposição de alguns administradores egoístas, mandou abrir os celeiros do castelo, e ela mesma dirigiu a distribuição de tudo, sem nada reservar para seus próprios familiares. Com equilíbrio e bom senso, fazia dar a cada necessitado uma ração diária. Aqueles que, por fraqueza ou doença, não conseguiam subir até o castelo, eram objeto de uma solicitude especial de parte da Santa: ela descia para ir pessoalmente socorrê-los no sopé da montanha.

Fundou três hospitais para auxiliar os doentes: um para mulheres pobres, outro só para crianças, e um terceiro para todos em geral.

Onde havia um agonizante, lá estava ela, a fim de ajudá-lo a morrer bem. Depois passava longo tempo em oração pelas almas dos falecidos, muitos dos quais enterrou com suas próprias mãos, envoltos em toalhas tecidas por ela mesma.

Passado esse terrível período de desolação, ela reuniu os homens e mulheres em condições de trabalhar, providenciou sapatos, roupas e ferramentas para os que não tinham, e ordenou que fossem para o campo cultivar. Em breve voltaram os bons tempos de fartura e ela pôde ver com alegria o trigo encher os celeiros e o sorriso voltar aos lábios de toda aquela gente.
Começam as grandes provações
Para glória de sua Igreja e edificação dos fiéis, Deus faz brilhar de modo especial na alma do Santo uma ou outra virtude. Por exemplo, em São Francisco de Assis, a pobreza; em Santa Bernadete, a humildade; em São Luís de Gonzaga, a castidade. E assim por diante.

Isto não significa, porém, que uma virtude exista isolada na alma do Santo, como uma torre em meio de imensa planície. Não. As virtudes são todas irmãs. É impossível progredir ou decair numa sem avançar ou regredir nas demais.

Em Santa Isabel, reluz muito a solicitude para com os necessitados. Mas ela era exímia na prática de todas as virtudes.

Poucas pessoas levaram tão longe quanto ela o desapego aos bens desta terra e a conformação amorosa com a vontade de Deus.

Esposa exemplar, unida em matrimônio com um marido modelar, a ele dedicava todo o afeto natural e legítimo de seu nobre coração. E era retribuída na mesma proporção. Muito mais do que isso, porém, unia-os o amor a Deus, o desejo de perfeição.

Nesta perspectiva, compreendese com facilidade a dor da separação, quando o Duque da Turíngia partiu para a Cruzada, em 1227. Sofrimento incomparavelmente maior quando, pouco tempo depois, recebeu a notícia de que ele havia falecido antes mesmo de chegar à Terra Santa.
Do castelo para um abrigo de porcos
Esse era, porém, apenas o início de uma cascata de sofrimentos.

Agora ela não tinha mais a proteção de seu virtuoso esposo. Disso se aproveitaram seus dois cunhados para deixarem expandir o ódio que lhe tinham. No mesmo dia a expulsaram do castelo, sob um frio muito rigoroso, com os quatro filhos pequenos, sem lhe permitir levar qualquer dinheiro, agasalho ou alimento. E num requinte de crueldade, proibiram, sob severas penalidades, que qualquer habitante da cidade lhe desse abrigo.

Após bater sem resultado em inúmeras portas, um taberneiro - condoído, porém, temeroso de represálias - acolheu-a, mas oferecendo-lhe como albergue uma espécie de cavalariça que servia também de chiqueiro! Deste modo, a Duquesa e filha de Rei viuse reduzida a passar a noite, com os filhos, na companhia dos porcos, agasalhando- se nos utensílios de montaria para não morrer de frio.

No dia seguinte, pessoas caridosas e de caráter levaram-lhe alimentos. Uma noite e um dia passou ela nesta "pousada dos porcos", onde foi altamente recompensada por uma aparição de Nosso Senhor Jesus Cristo.

Um velho sacerdote das redondezas ofereceu-lhe alojamento, não dispondo senão de um miserável casebre. Certo dia, a santa Duquesa visitou o convento dos Frades Menores para pedir... Auxílio? Não. Pediu-lhes para cantarem um Te Deum, na intenção de agradecer ao Senhor a graça de participar nos seus sofrimentos!

Por ordem de seus cunhados, alguns esbirros arrancaram-na daquele miserável abrigo, para mantê-la aprisionada em péssimas condições nas dependências de um velho castelo.
Recusa o mais vantajoso casamento da época
Após alguns meses de indescritíveis sofrimentos, sua tia Matilde, abadessa de Kitzing, tomou conhecimento desses fatos e enviou mensageiros com duas viaturas para levá-la com os filhos para o seu convento.

Passado pouco tempo, seu tio Egbert, Bispo-Príncipe de Bamberg, lhe comunicou uma proposta de casamento com o Imperador Frederico II, o mais poderoso soberano da época. Mas Isabel tinha ambições muito maiores! Seu coração estava todo voltado para o Infinito, nada nesta terra podia satisfazê-lo.

Passados poucos dias, regressaram à Turíngia os cavaleiros que tinham acompanhado o Duque Luiz à Cruzada. Apresentando-se a Conrado e Henrique, censuraram-lhes corajosamente a dureza e crueldade com que haviam tratado a viúva e os filhos de seu próprio irmão. Os dois culpados não resistiram à franqueza altiva dos seus vassalos. E, chorando, pediram perdão a Isabel, restituindo-lhe todos os bens de que a haviam despojado.
A serviço dos enfermos
A Santa mandou construir ao lado do convento dos Frades Menores uma casa modestíssima - apelidada de "palácio de abjeção" pelos parentes de seu falecido marido - na qual se instalou, com os filhos e os serviçais que lhe permaneceram fiéis.

Na Sexta-Feira Santa de 1229, fez votos na Ordem de São Francisco, e tomou o hábito das Clarissas. Tendo edificado para si apenas uma pobre morada, empregou seus recursos em construir igrejas para Deus e hospitais para os doentes pobres, dos quais ela mesma passou a cuidar dia e noite, com mais carinho e solicitude do que antes.

Deus concedeu-lhe a graça de servir aos desvalidos, não somente o pão para o corpo, mas também o esplendor da sua própria luz, através dos milagres que realizava por seu intermédio.
Curas milagrosas
Certo dia, encontrou um menino estropiado e disforme, estendido na soleira da porta de um hospital. Além de surdo-mudo, ele não conseguia andar senão de quatro, como um animal. A mãe deixara-o ali, na esperança de que a boa Duquesa dele se apiedasse e o acolhesse.

Logo que o viu, Isabel abaixou-se para acariciar-lhe os cabelos sujos e revoltos. E perguntou-lhe:

- Onde estão teus pais? Quem te deixou aqui?

Não recebendo resposta, repetiu as perguntas. Mas o pobre ente apenas a fitava com olhos arregalados. Desconfiando de alguma possessão diabólica, ela disse em alta e clara voz:

- Em nome de Nosso Senhor Jesus Cristo, eu te ordeno, a ti ou a quem em ti estiver, que me respondas de onde vens!

No mesmo instante, o menino ergueu- se e - ele que não havia aprendido a falar! - explicou-lhe com desembaraço sua triste vida. Depois, caindo de joelhos, pôs-se a chorar de alegria e louvar a Deus todo-poderoso.
SANTO ESTEVAO.JPG
Santo Estêvão, primeiro rei da Hungria, nação que deu à Igreja
numerosos santos (estátua de Budapeste, Hungria)

- Eu não conhecia Deus, nem sabia de sua existência. Todo o meu ser era morto. Não sabia nada. Bendita sejas tu, senhora, que obtiveste de Deus a graça de não morrer como até o presente vivi.

A estas palavras, Isabel pôs-se também de joelhos para agradecer ao Senhor, junto com o menino, e, por fim, recomendou-lhe:

- Agora volta para teus pais e não digas nada do que te aconteceu. Diz apenas que Deus te socorreu. Guardate sempre do pecado para não acontecer de voltares a ser o que eras.

A notícia desse milagre correu como um rastilho de pólvora, espalhando por toda a Turíngia a fama de santidade de Isabel. Em conseqüência, aumentou o número dos que a ela recorriam.
E Deus dignava-Se de, por sua intercessão, atender a todos.
Deixou pender a cabeça, como se dormisse
No dia 16 de novembro de 1231, a Santa adoeceu. Após receber a unção dos enfermos e o viático, Nosso Senhor lhe apareceu e revelou-lhe que dentro de três dias viria levá-la para o Céu. Depois desta visão, seu rosto ficou tão resplandecente que era quase impossível fixar-lhe os olhos.

Ao primeiro canto do galo do dia 19, ela disse: "Eis a hora em que Jesus nasceu de Maria Virgem. Que galo imponente e lindo seria aquele, o primeiro a cantar naquela noite maravilhosa! Ó Jesus, que resgatastes o mundo, que resgatastes a mim!" Depois acrescentou: "Ó Maria, ó Mãe, vinde em meu socorro!"

Em seguida, disse baixinho: "Silêncio... Silêncio!..." E deixou pender a cabeça, como se dormisse. Sua alma acabava de entrar na glória celeste.

Para satisfazer a devoção do povo que afluía de toda parte, seu santo corpo permaneceu exposto na igreja durante quatro dias. Muitíssimos milagres atestaram a sua santidade. Foi solenemente canonizada em 1235 pelo Papa Gregório IX.

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Família de alta nobreza e grandes Santos
A Hungria deu à Igreja numerosos Santos, oriundos de todas as camadas sociais. É o único país que tem a glória de venerar sobre os altares três de seus Reis: Santo Estevão, Santo Américo e São Ladislau. Mas Santa Isabel é, sem dúvida, a mais venerada pelo povo húngaro.

Ela não foi uma figura isolada em seu tempo, em plena Idade Média, a Doce Primavera da Fé. Era sobrinha de Santa Edwiges, Duquesa da Polônia, e tia da suave Santa Isabel, Rainha de Portugal.

Com as graças que alcançou do Céu, e o exemplo de sua vida, obteve a conversão dos dois cunhados.

A de Conrado foi mais radical: acompanhado por seus companheiros de armas, dirigiu-se a Roma - todos a pé e descalços - a fim de pedir perdão ao Papa por seus desmandos. Depois de cumprir a penitência imposta pelo Pontífice, entrou para a Ordem de Santa Maria dos Cavaleiros Teutônicos.

Em 1143, adoeceu ele mortalmente. No leito de dor era tal a pureza de sua alma que a presença de qualquer pessoa em estado de pecado mortal lhe causava dores fortíssimas. Morreu pouco depois, inebriado já da glória celestial.
(Revista Arautos do Evangelho, Nov/2004, n. 35, p. 22 à 25)

terça-feira, 15 de novembro de 2011

O vendedor de conselhos

out 12th, 2011 by Arão O. Mazive.
A memória é a capacidade que tem o ser humano de evocar recordações vividas. Isso me ocorreu quando, numa conversa com um amigo de longa data, fugi um pouco do contexto de nosso assunto e comecei a relembrar algo sobre o tema que tratávamos.

Lembrei-me da entrada da pequena cidade de Genazzano, que leva esse nome por causa de um milagre ocorrido no século XV. Um afresco destacou-se da parede de uma igreja na Albânia, atravessou o mar Adriático, acompanhado por dois soldados que andavam sobre as águas, como fez São Pedro, até Roma. E lá está a linda imagem da Virgem com seu Divino Menino, invocada como a Mãe do Bom Conselho.


Aconselhar é um dom do Espírito Santo: o dom do conselho. É a luz Divina que ilumina nossa consciência e aperfeiçoa a virtude da prudência, e assim, nos leva a evitar o erro e a amar o bem.

Ícone de Nossa Senhora do Bom Conselho de Genazzano
Nós também podemos fazer bem a terceiros, quando temos a palavra certa, na hora certa…


Voltei a pegar o fio da conversa. Aliás, a divagação da memória tinha relação com esse fato.

Meu amigo continuava narrando-me um episódio ocorrido com ele naquele dia.

Ele havia deixado uma clínica onde fora fazer um exame de sangue. E como é natural, depois de um longo jejum exigido pelas regras médicas, dirigiu-se a uma lanchonete para comer alguma coisa. Estava saboreando seu sanduíche, quando dois jovens abordaram-no pedindo ajuda.

Agora, não! Respondeu. Os rapazes afastaram-se e na esperança de conseguir algo. Esperaram um pouco e na saída, novamente insistiram:

- O senhor pode dar-nos algo, algum dinheiro?

- Não! Não dou nada, só vendo! Respondeu meu amigo.

- Vende? Mas vende o quê? Perguntou um deles.

- Vendo conselhos!

- E quanto custa? Indagou o mais esperto e intuitivo.

- Vinte centavos!

O jovem, então, procurou em seu bolso uma moeda e entregou a meu conhecido. Dizendo:

Eu quero um conselho!

Foi aí que meu amigo disse:

- Eu não possuo nada! Tudo que tenho vem de Deus. Quando necessitarem de algo, peçam sempre a Ele!

Boquiabertos com a resposta olhavam ao meu amigo que lhes disse:

- Vamos lá! Entrando novamente na confeitaria comprou-lhes dois saborosos lanches.

Pensei com os meus botões: isso sim que é opção preferencial pelo social, mas passando antes pelo espiritual.

Tenho certeza que eles ganharam muito mais com a lição do “meu vendedor de conselhos”, do que se tivessem apenas saboreado os lanches…

Lucas Miguel Lihue

segunda-feira, 14 de novembro de 2011

Beato Carl Lampert - decapitado pelos nazistas


VATICANO, 13 Nov. 11 / 01:25 pm (ACI/EWTN Noticias) - Gaudium Press






Em sua saudação em alemão aos peregrinos que participaram do angelus dominical, o Papa Bento XVI destacou o exemplo do sacerdote Carl Lampert, decapitado pelos nazistas em 1944, e que neste domingo foi beatificado na Áustria.
O Santo Padre assinalou que "no tempo obscuro do nacionalsocialismo, (o P. Lampert) viu com claridade o significado das palavras de São Paulo: ‘nós não pertencemos à noite nem ás trevas’".
"Por ocasião de um interrogatório no qual poderia ter conseguido sua libertação, testemunhou com convicção: ‘Eu amo a minha Igreja. Permaneço fiel à minha Igreja e também ao sacerdócio. Eu estou ao lado de Cristo e amo a sua Igreja’".
Finalmente o Papa confiou a  todos "à intercessão do novo Beato para que possamos participar com ele na alegria do Senhor".
O P. Carl Lampert, recorda a Radio Vaticano, era um sacerdote diocesano que se desempenhava como pró vigário da Administração Apostólica de Innsbruck Feldkirch na Áustria.
A partir de 1939, com a perseguição da Administração regional nazista contra a Igreja, o sacerdote foi preso três vezes e encarcerado até que foi enviado ao campo de concentração de Dachau.
Por "presumida atividade contra o Estado" era espionado. Suas chamadas telefônicas e correspondência eram totalmente interceptadas. Em 4 de fevereiro de 1943 foi preso junto com outras 40 pessoas sob a acusação de "favorecimento hostil", "difusão de informações militares" e "escuta de transmissões inimigas".



       Os dois processos aos quais foi submetido concluíram com a condenação à morte por espionagem. O sacerdote austríaco Carl Lampert foi decapitado com outros dois sacerdotes, Herbert Simoleit e Friedrich Lorenz, em 13 de novembro de 1944.
O P. Carl Lampert morreu pronunciando os nomes de Jesus e de María, aos quais também dedicou lealdade inquebrantável, tornando-se assim, modelo de amor a Cristo e a Igreja.

O Cardeal Angelo Amato observou que "o martírio é o maior ato de amor a Deus e constitui o caminho mais nobre rumo à santidade".
Ainda durante a celebração, o Cardeal Amato resumiu o legado deixado pelo novo Beato. "Como o sacrifício de Cristo foi penhor de salvação para a humanidade, assim o sacrifício do Beato Lampert será semente de renovada vida cristã na terra abençoada da Áustria. Um exemplo precioso, sobretudo para as novas gerações austríacas".

Sem medo de ser Católico


Por Mons. João Clá Dias
Jesus envia seus discípulos em missão e profetiza as perseguições que por causa d’Ele sofrerão, conforme relatam os versículos anteriores. Por isso recomenda-lhes confiarem em seus conselhos, como por exemplo, o de serem perseverantes e destemidos na pregação do Evangelho, pois serão amparados e protegidos pelo Pai que está nos Céus, sobretudo no tocante à salvação eterna. Esta será a constante das outras passagens.
27 O que Eu vos digo às escuras, dizei-o às claras e o que vos é dito ao ouvido, pregai-o sobre os telhados
Para melhor entendermos este versículo, devemos nos reportar aos costumes da época.
Aos sábados, dia reservado ao Senhor, todos se reuniam na sinagoga para ouvir a Palavra de Deus. Ao contrário do que se imaginaria, o leitor não apenas lia em voz baixa, como também não se dirigia aos assistentes, mas falava a um intermediário perto dele, o qual, por sua vez, proclamava em alta voz o que ouvia.
Outro costume tinha lugar às sextas-feiras à tarde. O ministro da sinagoga subia ao mais alto teto de uma das casas da cidade e tocava fortemente uma trombeta, advertindo todos os trabalhadores de que era hora de retornarem aos seus lares, pois aproximava-se o repouso sabatino religioso.
O Divino Mestre usou essas figuras da vida comum e corrente naqueles tempos para ilustrar qual devia ser a disposição de alma dos discípulos, ao exercerem o ministério de arautos do Evangelho. E, havendo-as mencionado, torna Jesus a incentivá-los à confiança.
28 Não temais os que matam o corpo e não podem matar a alma. Temei antes Aquele que pode lançar a alma e o corpo na Geena.
Os judeus ortodoxos, contrariamente aos saduceus, acreditavam na imortalidade da alma, e por isso comenta São João Crisóstomo: “Observemos que (Jesus) não lhes promete livrá-los da morte, mas lhes aconselha a desprezá-la, o que é muito mais que livrá-los da morte, e lhes insinua o dogma da imortalidade” (4). Em seguida lhes apresenta duas significativas metáforas, relacionadas com a Providência Divina.

29 Porventura não se vendem dois passarinhos por um asse? E, todavia, nem um só deles cairá no chão sem a permissão de vosso Pai.
O “asse” era a menor moeda usada pelos romanos. Cunhada em bronze, valia a décima sexta parte de um denário. Portanto, além de não ser judaica, tinha valor real insignificante. Dois passarinhos valiam tão pouco que eram vendidos por esse preço irrisório e, no entanto, necessitavam do consentimento do Pai para serem mortos.
30 Até os próprios cabelos da vossa cabeça estão todos contados. 31 Não temais, pois. Vós valeis mais que muitos passarinhos.
O objetivo dessas duas comparações feitas por Jesus é ressaltar o grande carinho e cuidado da Providência Divina para com suas criaturas. Se passarinhos e cabelos são tratados com esse cuidado por Deus, quanto mais se preocupará Ele em proteger seus discípulos que estão sendo enviados para pregar sobre o Reino!
Não há razão para temerem as injustiças e perseguições que lhes sobrevierem, conforme exclama Jeremias na primeira leitura de hoje: “O Senhor, porém, está comigo, qual poderoso guerreiro. Por isso, longe de triunfar, serão esmagados meus perseguidores. Sua queda os mergulhará na confusão. Será, então, a vergonha eterna, inesquecível” (Jer 20, 11).
A essa altura, a Liturgia de hoje se encerra trazendo à baila os dois versículos seguintes, a fim de frisar a importância e o valor absoluto do Tribunal do Pai em relação ao dos homens.
32 Todo aquele, portanto, que Me confessar diante dos homens, também Eu o confessarei diante de meu Pai que está nos Céus. Porém, quem Me negar diante dos homens, também Eu o negarei diante de meu Pai que está nos Céus.
São bem conclusivas estas duas promessas de Nosso Senhor, em face da glória futura ou do castigo. Realmente, vale a pena sofrer como São Paulo: “Muitas vezes vi a morte de perto. Cinco vezes recebi dos judeus os quarenta açoites menos um. Três vezes fui flagelado com varas. Uma vez apedrejado. Três vezes naufraguei, uma noite e um dia passei no abismo” (2 Cor 11, 24-25). Muitos outros riscos e dramas são narrados por ele nessa Epístola. E mais adiante relata que ele “foi arrebatado ao Paraíso e lá ouviu palavras inefáveis, que não é lícito a um homem repetir” (2 Cor 12, 4).
III – CONCLUSÃO
Nesse panorama futuro e eterno devem estar fixados os nossos olhos, e não nas delícias fátuas e passageiras desta vida, ainda quando legítimas. Nem falemos do pecado, porque ele terá como consequência imediata a frustração, e o fogo do inferno após a morte.

As dores, angústias e dramas pelos quais passamos durante nossa existência terrena nada são em comparação com o prêmio dos justos, conforme garante São Paulo: “Tenho para mim que os sofrimentos da presente vida não têm proporção alguma com a glória futura que nos deve ser manifestada” (Rm 8, 18).
Resta-nos lembrar o indispensável papel de Maria na nossa salvação. Pois assim como Jesus veio a nós por Maria, é também por meio d’Ela que obteremos as graças necessárias para sermos outros Cristos e alcançarmos a vida eterna.