domingo, 29 de abril de 2012

Criticando os outros


Um conferencista muito experimentado foi convidado a falar, num grande auditório, sobre o papel destrutivo das críticas no convívio humano.
Esperado por todos, o palestrante foi recebido com vivo interesse pelo público. Após os cumprimentos de praxe, não falou nenhuma palavra, apenas abriu uma grande mala de couro e dali tirou uma bela coroa, resplandecente de pedras preciosas e colocou-a em cima da mesa.
 


        No mesmo silêncio tirou da maleta um belíssimo vaso de porcelana chinesa com mais de mil anos, todo folheado a ouro e cravejado de rubis e diamantes.
A curiosidade do público era atiçada por seu silêncio. Mais uma bela maravilha saía de sua sugestiva mala: um instrumento de navegação utilizado pelos fenícios, muitos anos antes da vinda de Cristo sobre a terra.


      Não paravam de sair coisas belas e curiosas... o bastão de comando de César Augusto, Um rolo com os manuscritos do Primeiro Evangelho, Jóias pertencentes à Czarina Alexandra da Rússia, um cálice de ouro utilizado pelo Papa São Gregório Magno.
No momento em que todos já estavam a ponto de gritar pelo sugestivo silêncio do conferencista, ele tirou um vidro onde se contorcia uma nojenta serpente e colocou-a sobre a mesa.
 

         Pouco a pouco foi colhendo tudo e colocando de volta na mala. Tomando o vidro com a serpente, mostrou-o ao público e disse: 
 
- A crítica é assim, fala-se só da serpente e se esquece de todas as maravilhas que estavam sobre a mesa. Obrigado e uma boa noite a todos!
Sob fortes aplausos despediu-se da audiência.

 
Que acha de pesarmos nisso antes de criticar alguém?


quarta-feira, 18 de abril de 2012

O medo da morte

       Mons. João Clá Dias
        
A morte para uns representará a aniquilação completa e, portanto, será encarada com desespero e aflição. Para os verdadeiros católicos, entretanto, não passará de um descanso: "Não queremos, irmãos, que estejais na ignorância acerca dos que dormem, para que não vos entristeçais como os outros, que não têm esperança" (1 Ts 4, 12). 

          
      As Sagradas Letras consideram a morte como um sono transitório (2 Mc 12, 45-46; Mt 9, 24; Jo 11, 11; Sl 75, 6; etc.) e, por conseguinte, uma separação temporária entre seres queridos, mas não um definitivo desaparecimento. 
        O desespero em face da morte é uma reação pagã e atéia.  

        
     
  Seja como for, de si, a morte causa temor, às vezes até em almas santas, como afirma o próprio Santo Agostinho, pois repugna à natureza, além de levantar muitas incertezas quanto ao futuro desconhecido. É ela um passo decisivo rumo à eternidade, um castigo de Deus, e não temê-la seria não possuir temor de Deus. 





    
     Enquanto castigo, ela permanecerá no mundo até a conflagração final, apresentando-se ao justo como o mais doce dos consolos, e ao pecador como uma vingança divina por Lhe ter virado as costas.

terça-feira, 17 de abril de 2012

O verdadeiro sentido do Casamento



Por Mons. João S. Clá Dias
Muitos têm uma idéia errada de que a santidade é um caminho reservado aos religiosos; para os que fizeram os votos de obediência, pobreza e castidade – claro! – tem que ser santo! Mas aqueles que estão na sociedade e escolheram a via do matrimônio, não precisam desejar a santidade para si. Basta, de vez enquanto, dar uma passadinha pela igreja, uma missa muito rápida aos domingos e pronto, nada mais... Não é verdade!
Todo batizado é chamado a ser santo. O chamado à santidade, de forma extraordinária, tem o que segue as vias da religião pelos votos. Mas, de forma comum, são chamados à santidade todos aqueles que vivem na sociedade e que tenham constituído família: pai, mãe e filhos, dentro da sociedade, são chamados à perfeição. Tanto é assim que Deus dá a inclinação para o casamento a todos; aos que vivem na sociedade, quanto aos seguem uma vida religiosa.
Um esclarecimento: todos os que estão na vida religiosa, apesar de possuírem esta inclinação natural, fazem uma renuncia voluntária de constituírem família, para assim melhor servir a Deus. Claro está que quem fica na sociedade não necessita fazer esta renuncia, segue as vias do matrimônio. Ora, como todos são chamados à santidade, os que fazem os votos e os que não o fazem, seguindo as vias do casamento: todos, portanto, estão chamados à perfeição.
Entretanto, a castidade deve ser praticada tanto pelos religiosos, quanto pelos que se casam, porque é uma virtude que está ligada a dois mandamentos da lei de Deus: o 6º e o 9º mandamentos.
O casamento que se realizou em Caná tem algo daquele feito por Nossa Senhora com São José, pois ela também se casou.Infelizmente o mundo moderno vai perdendo a noção do verdadeiro sentido do casamento, julga-se cada vez mais que o objetivo deste é a fruição e esta, fora dos padrões que a moral permite. Quem casa não deve pensar que viverá em eterna delícia. Todo casal terá suas cruzes que virão inevitavelmente ao longo da vida de todos os dias. Ambos devem aceitar essas cruzes em vista da perfeita união e harmonia da família e a educação e santificação dos filhos, que é o objeto principal de todo casamento.
Por outro lado, o casal julga que o respeito mútuo não deve existir. Não é verdade. A vida conjugal exige respeito igual a que se tem por uma outra qualquer pessoa. Quantos erros a respeito do casamento existem hoje em dia! Tem-se a impressão que já se perdeu a noção de que ele foi estabelecido por Deus e é querido por Ele para se constituir a base de uma sociedade sadia. Portanto, estabelecido com a finalidade de apoio mútuo e educar os filhos na religião e nas vias da perfeição. Mas o que vemos nos dias de hoje? Vai-se substituindo o casamento por ajuntamento, por uniões muitas vezes ilegítimas e com isso, vão-se diluindo cada vez mais as bases da sociedade.
Deus não pode estar contente com esta propaganda que vem pela televisão, pelo rádio, cinema, internet que destrói a família! Vamos pedir que Ele aceite a nossa meditação sobre a beleza do casamento bem constituído e para repararmos o Sapiencial e Imaculado Coração de Maria devido a tantos pecados que são cometidos por causa da concepção errada a respeito do matrimônio.

quinta-feira, 12 de abril de 2012

Jesus e as mulheres


Pe. Berthe
o sábado, restabelecida que foi a calma na cidade, foram entrando um após outro no cenáculo, consternados e aniquilados. Parecia-lhes que estava tudo perdido. O passado afigurava-se-lhes um sonho, o Reino futuro uma quimera e Jesus um mistério impenetrável que os confundia e oprimia. O coração não se lhes podia desapegar dum Mestre cuja dedicação e inefável ternura bem conheciam, mas não sabiam que pensar daquele taumaturgo que de repente se tornara impotente contra os Judeus, até se deixar prender, condenar e crucificar por eles, como um vil criminoso! Desanimados e desesperançados, choravam e lamentavam-se no meio das santas mulheres, enquanto João lhes contava as lastimosas cenas do pretório e do Calvário.
Passou assim o dia do sábado sem que nenhuma esperança lhes fosse reanimar as a almas abatidas. Começava já o terceiro dia após a morte de Jesus e ninguém pensava na ressurreição. O Salvador repousava no sepulcro; e em vez de esperarem por vê-lo sair dele, preocupavam-se as santas mulheres com ir embalsamá-lo, já que o tinha sido na véspera só muito à pressa. Terminado o sábado, foram elas comprar perfumes para o amortalhar com mais cuidado e evitar assim que se corrompesse demasiado prematuramente. Quanto aos apóstolos, não se capacitavam mais de ver sair o seu Mestre do sepulcro, do que se tinham capacitado de para lá o ver entrar. E assim estavam todos num estado de marasmo e esquecimento, sem esperança nem fé, quando já o anjo da ressurreição tinha posto em fugida os guardas espantados. Os acontecimentos provaram bem, quanto os tinha tornado desconfiados e incrédulos o escândalo da cruz.
Mal raiou a aurora do domingo, três mulheres, Maria Madalena, Maria de Cléofas e Salomé, saíram de Jerusalém e encaminharam-se para o Calvário, com as mãos cheias de perfumes, e muito preocupadas com a questão de saber quem lhes retiraria a enorme lousa que defendia o acesso à gruta Sepulcral. Madalena, impacientemente ardorosa, tomou a dianteira; mas qual não foi a sua estupefação, quando, ao chegar ao sepulcro, viu a pedra já tirada e a entrada do jazigo de todo livre! Nem ao menos a idéia lhe veio de que Jesus teria talvez ressuscitado, mas, persuadida de que haviam roubado o corpo, deixou as companheiras e, sem perda de tempo, correu ao cenáculo para participar aos apóstolos o seu achado. “Levaram o corpo do Mestre, disse ela, e não sabemos onde o puseram.”
Neste entrementes, as suas duas companheiras, uma vez que chegaram ao sepulcro, penetraram na câmara, onde haviam depositado o corpo de Jesus. À direita, junto ao sepulcro, viram um anjo cujo aspecto majestoso e vestido cintilante as encheu de terror. Disse-lhes o anjo: “Não temais: bem sei que vindes procurar a Jesus, o Crucificado. Já não está aqui: ressuscitou, como predisse. Vinde e vede o lugar onde foi deposto. Ide já e dizei aos seus discípulos que Jesus irá adiante de vós para a Galileia; lá é que o vereis, como ele vos prometeu.” As duas mulheres, trêmulas e geladas de medo, saíram do sepulcro e fugiram não se atrevendo a dizer a quem quer que fosse a mínima palavra sobre aquela aparição.
Todavia Pedro e João, movidos com a relação da Madalena, foram com ela ao sepulcro de Jesus. João, como mais novo e mais ágil, chegou primeiro, inclinou-se a ver o interior do monumento, viu as mortalhas postas no chão, porém não entrou. Alguns instantes depois, chegou Pedro e penetrou no jazigo a certificar-se do que havia ocorrido. Viu as faixas a um lado, e o sudário que cobria a cabeça, dobrado à parte, ali posto. Aproximou-se João do sepulcro por sua vez, fez as mesmas observações e concluíram ambos, como Madalena, que tinham tirado o corpo. Nenhum deles imaginou que Jesus tivesse ressuscitado, pois um espesso véu, como diz o próprio S. João, lhes toldava o espírito de tal modo que as profecias da Escritura sobre a morte e ressurreição do Messias eram para eles como letra morta. Tornaram-se para o cenáculo, desorientados de todo, procurando modo de explicar aquela misteriosa desaparição.
Maria Madalena porém não pode resignar-se a ir com eles. Sentada junto do sepulcro, pôs-se a chorar, pensando ansiosa onde teriam podido ir ocultar o corpo do seu Mestre. E com os olhos arrasados de lágrimas, de novo se inclinava para examinar com mais atenção o interior do jazigo, quando dois anjos lhe apareceram, um à cabeça e o outro aos pés do sepulcro. “Mulher, disseram-lhe eles, porque choras? - Porque tiraram o meu Senhor, respondeu ela, e não sei onde o puseram.” Ao proferir estas palavras, sentiu passos atrás de si, voltou-se de repente e encontrou-se em presença dum desconhecido, que lhe disse também: “Mulher, porque choras e que buscas por aqui?” Era o divino ressuscitado, mas ela não o reconheceu. Tomou-o pelo jardineiro, e, absorta sempre no seu primeiro pensamento: “Senhor, respondeu ela, se fostes vós que o tirastes, dizei-me onde o pusestes e eu o tomarei...”
Como não abrir os olhos àquela Madalena penitente, que Jesus tinha visto a chorar ao pé da cruz e que tornava a encontrar, inconsolável, junto do seu sepulcro? Com aquele acento divino que penetra até o mais íntimo da alma pronunciou Jesus esta simples palavra: “Maria!” E ela pelo tom daquela voz que tantas vezes a comovera, reconheceu a Jesus. “Meu bom Mestre!” exclamou ela, transportada de alegria, e para logo lhe caiu aos pés a abraçá-los. Agarrava-se Àquele a quem acabava de achar, como se ele lhe fora a fugir ainda. “Deixa-me, disse-lhe Jesus; em breve, é certo, vos deixarei para voltar para meu Pai; mas esse momento ainda não chegou. Vai já ter com meus irmãos e dize-lhes: Não tardarei em subir para meu Pai e vosso Pai, para meu Deus e vosso Deus.”
Deste modo apareceu Jesus primeiro a Maria Madalena, para com este favor incomparável recompensar o incomparável amor da santa penitente. Apareceu igualmente ao grupo das santas mulheres que o não tinham desamparado em suas dores. Pouco depois da partida da Madalena, foram ao sepulcro Joana, esposa de Cuza, e outras mulheres da Galileia, pensando encontrar o corpo do seu Mestre e prestar-lhe as últimas honras. Mas não o encontrando já, ficaram junto do sepulcro grandemente consternadas, quando aos seus olhos se apresentaram dois anjos em trajes resplandecentes de luz. Baixaram elas os olhos, de receosas que ficaram, porém um dos mensageiros celestes animou-as. “Não venhais procurar entre mortos a um Vivo, disse-lhes ele. Jesus já não está aqui; ressuscitou, conforme prometeu. Lembrai-vos pois do que ele vos dizia em Galileia: É preciso que o Filho do homem seja entregue aos pecadores; será crucificado, mas ressuscitará ao terceiro dia.”
E, de fato, por estas palavras do anjo, lembraram-se as santas mulheres perfeitamente que Jesus lhes predissera a sua morte e ressurreição. O anjo acrescentou: “Voltai depressa para Jerusalém, e dizei aos discípulos e a Pedro, que Jesus ressuscitou e irá adiante de vós para Galileia.” Iam pressurosas anunciar esta boa nova, quando de repente um homem as fez parar: “Mulheres, disse ele, Deus vos salve.” Era o próprio Jesus. Reconheceram-no, lançaram-se-lhe aos pés, abraçaram-nos e adoram com amor ao seu Senhor e seu Deus. Consolou-as o bom Mestre e disse-lhes, antes de se despedir: “Agora não temais; ide dizer a meus irmãos que vão para a Galileia, onde me verão.”
Tais são os fatos pelos quais Jesus, desde a aurora do domingo, se manifestou às santas mulheres, a quem constituiu suas mensageiras aos apóstolos e testemunhas da sua ressurreição. Mas, a fim de que ninguém pudesse taxar de credulidade aos que em breve deviam pregar no mundo a Jesus ressuscitado, permitiu Deus que os apóstolos, obstinados na sua cegueira, rejeitassem, sem deles querer saber, os testemunhos daquelas santas mulheres. Madalena, a primeira a voltar do sepulcro, com o coração a trasbordar de alegria, entrou no cenáculo, exclamando: “Vi ao Senhor”, vi-o com os meus olhos, “e eis o que me encarregou de vos dizer.” 
Mas por mais que afirmou e contou por menor as circunstâncias da aparição, com que Jesus a favoreceu, os apóstolos e discípulos presentes no cenáculo, em nada quiseram crer. E debalde as suas companheiras a quem foi concedido igual favor vieram por seu turno afirmar que tinham visto, ouvido e adorado ao Salvador ressuscitado; trataram-nas como alucinadas e visionárias. Só Deus podia tirar os apóstolos do abismo de desalento e desesperança em que os mergulhara a Paixão e Morte do seu Mestre.

domingo, 1 de abril de 2012

Vencedor ou perdedor? A escolha é sua!



Um vencedor é sempre parte da resposta.

Um perdedor é sempre parte do problema.

Um vencedor sempre tem uma meta.
Um perdedor sempre tem uma desculpa.

Um vencedor tem uma resposta para cada problema.
Um perdedor tem um problema para cada resposta.


Um vencedor persiste sempre diante das dificuldades.
Um perdedor desiste fácil, até das comodidades.

Um vencedor diz: "Se eu puder ajudá-lo..."
Um perdedor diz: "Não é minha obrigação!"

Um vencedor diz: "Pode ser difícil, mas não é impossível!"
Um perdedor diz: "Pode ser possível, mas é difícil!"

Um vencedor diz: "Posso fazer melhor."
Um perdedor diz: "Sempre foi feito assim!"