quarta-feira, 18 de abril de 2012

O medo da morte

       Mons. João Clá Dias
        
A morte para uns representará a aniquilação completa e, portanto, será encarada com desespero e aflição. Para os verdadeiros católicos, entretanto, não passará de um descanso: "Não queremos, irmãos, que estejais na ignorância acerca dos que dormem, para que não vos entristeçais como os outros, que não têm esperança" (1 Ts 4, 12). 

          
      As Sagradas Letras consideram a morte como um sono transitório (2 Mc 12, 45-46; Mt 9, 24; Jo 11, 11; Sl 75, 6; etc.) e, por conseguinte, uma separação temporária entre seres queridos, mas não um definitivo desaparecimento. 
        O desespero em face da morte é uma reação pagã e atéia.  

        
     
  Seja como for, de si, a morte causa temor, às vezes até em almas santas, como afirma o próprio Santo Agostinho, pois repugna à natureza, além de levantar muitas incertezas quanto ao futuro desconhecido. É ela um passo decisivo rumo à eternidade, um castigo de Deus, e não temê-la seria não possuir temor de Deus. 





    
     Enquanto castigo, ela permanecerá no mundo até a conflagração final, apresentando-se ao justo como o mais doce dos consolos, e ao pecador como uma vingança divina por Lhe ter virado as costas.

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