domingo, 29 de abril de 2012

Criticando os outros


Um conferencista muito experimentado foi convidado a falar, num grande auditório, sobre o papel destrutivo das críticas no convívio humano.
Esperado por todos, o palestrante foi recebido com vivo interesse pelo público. Após os cumprimentos de praxe, não falou nenhuma palavra, apenas abriu uma grande mala de couro e dali tirou uma bela coroa, resplandecente de pedras preciosas e colocou-a em cima da mesa.
 


        No mesmo silêncio tirou da maleta um belíssimo vaso de porcelana chinesa com mais de mil anos, todo folheado a ouro e cravejado de rubis e diamantes.
A curiosidade do público era atiçada por seu silêncio. Mais uma bela maravilha saía de sua sugestiva mala: um instrumento de navegação utilizado pelos fenícios, muitos anos antes da vinda de Cristo sobre a terra.


      Não paravam de sair coisas belas e curiosas... o bastão de comando de César Augusto, Um rolo com os manuscritos do Primeiro Evangelho, Jóias pertencentes à Czarina Alexandra da Rússia, um cálice de ouro utilizado pelo Papa São Gregório Magno.
No momento em que todos já estavam a ponto de gritar pelo sugestivo silêncio do conferencista, ele tirou um vidro onde se contorcia uma nojenta serpente e colocou-a sobre a mesa.
 

         Pouco a pouco foi colhendo tudo e colocando de volta na mala. Tomando o vidro com a serpente, mostrou-o ao público e disse: 
 
- A crítica é assim, fala-se só da serpente e se esquece de todas as maravilhas que estavam sobre a mesa. Obrigado e uma boa noite a todos!
Sob fortes aplausos despediu-se da audiência.

 
Que acha de pesarmos nisso antes de criticar alguém?


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