Um
conferencista muito experimentado foi convidado a falar, num grande
auditório, sobre o papel destrutivo das críticas no convívio
humano.
Esperado
por todos, o palestrante foi recebido com vivo interesse pelo
público. Após os cumprimentos de praxe, não falou nenhuma palavra,
apenas abriu uma grande mala de couro e dali tirou uma bela coroa,
resplandecente de pedras preciosas e colocou-a em cima da mesa.
No mesmo silêncio tirou da maleta um belíssimo vaso de porcelana chinesa com mais de mil anos, todo folheado a ouro e cravejado de rubis e diamantes.
A
curiosidade do público era atiçada por seu silêncio. Mais uma bela
maravilha saía de sua sugestiva mala: um instrumento de navegação
utilizado pelos fenícios, muitos anos antes da vinda de Cristo sobre
a terra.
Não paravam de sair coisas belas e curiosas... o bastão de comando de César Augusto, Um rolo com os manuscritos do Primeiro Evangelho, Jóias pertencentes à Czarina Alexandra da Rússia, um cálice de ouro utilizado pelo Papa São Gregório Magno.
No
momento em que todos já estavam a ponto de gritar pelo sugestivo
silêncio do conferencista, ele tirou um vidro onde se contorcia uma
nojenta serpente e colocou-a sobre a mesa.
Pouco a pouco foi colhendo tudo e colocando de volta na mala. Tomando o vidro com a serpente, mostrou-o ao público e disse:
-
A crítica é assim, fala-se só da serpente e se esquece de todas as
maravilhas que estavam sobre a mesa. Obrigado e uma boa noite a
todos!
Sob
fortes aplausos despediu-se da audiência.
Que acha de pesarmos
nisso antes de criticar alguém?
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