sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Papa chega à Alemanha


Berlim (Quinta-feira, 22-09-2011, Gaudium Press) Às 10h30, horário da Alemanha, o avião com o pontífice aterrissou no aeroporto internacional de Berlim, dando início a sua 21ª viagem ao exterior e a terceira visita à sua terra natal. Ao descer da aeronave, o pontífice foi recebido com honras militares e flores de crianças que o aguardavam. No aeroporto estavam presentes a Chanceler alemã Angela Merkel, o presidente Federal, Christian Wulff e sua esposa, Bettina Körner, e também o presidente da Conferência Episcopal Alemã, Dom Robert Zollistsch.
Conforme Bento XVI, liberdade deve ser vivida também para a sociedade

     A cerimônia de boas vindas ao Santo Padre aconteceu no Castelo de Bellevue, residência oficial do presidente Federal, que fica localizada no centro da capital alemã. Na ocasião, após ser aplaudido pelos presentes e de serem executados os dois hinos nacionais, o alemão e o do Vaticano, o Papa Bento XVI deu início ao seu discurso, afirmando que "embora essa viagem se trate de uma visita oficial que reforçará as boas relações entre a República Federal da Alemanha e a Santa Sé, em primeiro lugar não vim aqui para perseguir determinados objetivos políticos ou econômicos, como justamente fazem outros homens de Estado, mas para encontrar as pessoas e lhes falar de Deus".
     Tratando especificamente do tema da religião, Bento XVI afirmou que vem se constatando uma "indiferença crescente da sociedade, que tende a considerá-la como um obstáculo". Por outro lado, acrescentou o pontífice, "há necessidade de uma base vinculante para a nossa convivência; caso contrário, cada um vive só para o seu individualismo". Conforme o Santo Padre, a religião é fundamento para uma verdadeira convivência social. "Assim como a religião precisa da liberdade, assim também a liberdade precisa da religião", disse o Papa, citando palavras do bispo alemão Wilhelm von Ketteler, que viveu no país no século XIX.
     Dando prosseguimento ao seu discurso, o Papa afirmou que "há valores que não são absolutamente manipuláveis", e que por isto são "a verdadeira garantia da nossa liberdade; liberdade que se desenvolve somente na responsabilidade diante de um bem maior e nas relações sociais vividas e que necessitam de uma ligação originária e de uma instância superior". Conforme o pontífice, na convivência humana não se dá liberdade sem solidariedade.
     Nesta perspectiva, a liberdade, conforme Bento XVI, deve ser vivida não somente para o âmbito privado, mas também para a sociedade. "Segundo o princípio de subsidiariedade, a sociedade deve dar espaço suficiente às estruturas menores para o seu desenvolvimento e, ao mesmo tempo, deve ser de suporte, de maneira que essas, um dia possam se manter mesmo sozinhas".
     Depois da cerimônia de boas vindas o Papa se reuniu, em separado, com o presidente Federal alemão e em seguida com a chanceler alemã, no "Katholisches Büro". À tarde, o pontífice discursará no Reichstag aos membros do Parlamento alemão (Bundestag). O segundo acontecimento importante do dia será a Santa Missa no Estádio Olímpico de Berlim. (AA).

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